terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Vamos comemorar, o que? - Gilberto Valle

Vamos comemorar! Não pelo sentido Cristão da coisa, que continua sendo lindo. Mas devemos comemorar, por ter milhares e milhões de pessoas no mundo com fome. Nas ruas e tu enchendo teu bucho de iguarias, das mais diversas. Claro! Ninguém tem nada a ver com a realidade dos outros, ninguém está nem aí...
O que mais dói, nisso tudo, é que as pessoas por pura preguiça preferem olhar um saco plástico vazio, jogar comida boa fora ao invés de comprar uma quentinha e entregar a um mendigo. Sentir o olhar e a gratidão de uma pessoa que come mal, que quase certamente não teve nada pra comer na noite de "Natal". Acho que alimentar o ego, é tu olhares um mendigo tentar pegar um saco plástico cheio de comida boa, dentro de uma lixeira de prédio e um porteiro sair com um cabo de vassoura ameaçando bater, porque o prédio vai receber multa se a calçada estiver suja. Vamos comemorar!
Se cada um, cada pessoa fizesse um pratinho e entregasse a um pobre, todo mundo comeria na noite de Natal e as coisas seriam diferentes. Pelo menos por uma noite, sentiríamos realmente o espírito de Natalino. Você fazer o bem, é diferente de desejá-lo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Bate papo informal - Gilberto Valle

Estava na casa de um amigo conversando sobre essas crises do modernismo feminino. Ele, cheio de dúvidas e questionamentos sobre as dificuldades de relacionamento hoje em dia. Claro, como bom macho que sou, respondi o óbvio pro amigo: "Velho, não tente entender é pior".
Acho essa uma das maiores verdades desde que o homem é homem e começou a "aceitar" o feminismo e as revelações que o mesmo trouxe a sociedade, principalmente ao "machismo" que dominava o mundo.
Mas, o amigo quis aprofundar as coisas. Aí é começou a ficar interessante, aqueles tantos "porques" não cessavam um só minuto. Eu sempre tive um pensamento meio polêmico em tudo e novamente disse algo pra ele, quando o mesmo se questionou porque os relaciomentos de hoje em dia não duram, não são verdadeiros na sua totalidade. Foi aí, que saí com a seguinte: "Não dão certo, porque hoje em dia as mulheres buscam um homem com pose social elevada + uma cópia do verdadeiro Don Juan na cama + com a mais nova função de psicólogo." Analisem, é verdade!
Por mais que esses valores possam estar "ultrapassados" segundo alguns, é isso que leva (ou não), os casais de hoje em dia. A mulher quer e deseja aquela imagem do homem bem-sucedido ao lado, um amante quase perfeito na hora "h" e um psicólogo, pra ouvir todos os problemas das mesmas. Aí foi que fudeu tudo! Meu amigo, me escute. Ouvir os problemas das mulheres faz parte, claro. Agora por tudo nesse mundo, não opine! Mesmo com aquela pergunta: "Porque eu só falo e você só escuta?" A mulher, não quer ouvir nada, ela quer apenas desabafar! Não cometa esse ato insano contra você mesmo, camarada! É dar um tiro no pé, tenha certeza!
Outra coisa, que ele ficava encucado era quando a namorada o chamava e dizia: "Precisamos conversar sobre o relacionamento". Nunca houve isso! Mulher nenhuma conversa patavinas, ela chama pra "brigar" isso sim. O fator bom-senso parte do homem, tenham certeza disso. O homem sim, conversa.
Claro, hoje os tempos são outros, vivemos na modernidade, num mundo muito mais feminino do que masculino porém, toda mulher gosta é de um homem com atitudes de homem. Esse lancezinho de bonzinho demais e tal...de entender demais nunca deu em nada. Claro, com aqueles requisitos em cima citados, de preferência.
E repito a frase: "não tente entender..."

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Sim e daí - Gilberto Valle

Estou aqui em casa, ouvindo Yolanda (eternamente de amores...) e pensando num monte de coisa. Pensando porque às vezes nós, os cidadãos, complicamos tanto as coisas. Tanto homens quanto as mulheres. O ser humano é besta, otário, imbecil e iludido.
Nada como o tempo pra mostrar. Nem sempre é como se diz, como se mostra...nem sempre as demonstrações passam percebidas pra nós mas, as que passam ficam guardades em cada detalhe...cada olhar, cada toque, uma música que vc ouve...
A vida tem se mostrado assim, e eu? Talvez como um idiota, ainda insista em acreditar que tudo pode voltar. Será? Voltar o que não se começou. No caso, por honestidade, por verdade, por sinceridade. Mas pelo menos essa foi a imagem que ficou.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Ensaios Repentinos 5 - Gilberto Valle

Por conta dos cabelos brancos que começam a aparecer na minha cabeça e na minha barba, procuro alternativas pra sair...
Sair dessa vida de baixo, desse antro de energia negativa...preciso sair. De algum modo.
Ficar longe, fazer qualquer coisa, me afastar...
Não nasci pra compactuar com negatividade, mas sim pra viver do meu jeito...por mais que não aceitem.
Não levo o medo da solidão comigo, por mais que ela venha a bater na minha porta...no meu caso, seria como o ditado:

"antes só, do que mal acompanhado".

A casa terna, já se passou há tempo! Não há paz, não há diálogo. Só falta de paciência e frustrações...já era.

Mas, vou seguir...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Por quien merece amor - Gilberto Valle

Vamos passando e seguindo sem ser percebidos
Ouvindo o triste som do vento...
Que bate forte contra o corpo...
Sem fazer com que sejamos ouvidos...

Pra que ouvir?
Sentir...é muito melhor...ver,
olhar, rir, seguir, mas,
sentir...

"Mi amor, no es amor de mercado",
é aquele, de sentir, de viver, de calor...
olhares, toques, beijos...solo
Por quien merece amor.




"Mi amor, no es amor de mercado" - trecho de poema e música de Silvio Rodriguez, mestre cubano.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

O rouxinol do sertão - Gilberto Valle


Eugênio Avelino, o menestrel Xangai. De cantor de seresta pras namoradinhas dos irmãos, lá no Vale do Jequitinhonha, interior do interior da Bahia, se tornou um mestre. Desde pequeno corria no sangue, quando o pai perguntava, o que tu queres ser menino? E ele respondia: "quero ser vaqueiro!"
E, há diferença sim! Vaqueiro é aquele que derruba o boi no mato, com seu gibão de couro, com seu laço, por necessidade. "Vaquejador", é aquele que derruba por derrubar, naquelas festas de "interior", pra maltratar o animal.
Do fundo deste homem brota a voz mais bonita de todos os interiores. Um verdadeiro pássaro! Rouxinol ele é chamado por lá. Xangai, é menestrel, porque além de suas qualidades como "cantador", é simples como pessoa. Ele canta o que o povo quer ouvir, sempre! Defendendo a bandeira da nossa terra nordestina tão massacrada, pelo monopólio sulista. Xangai orgulha-se de ser um "tabaréu", "um matuto", "um capiau". O povo tão sofrido que não tem vergonha da voz. Porque como ele mesmo diz: "quem não canta é véio ou véia, ou feio e feia". Cantar, aquela coisa que vem de dentro. Da alma. Xangai canta os peixes, as aves, a fauna e a flora, e isso é belo! Canta os causos de sertão, mantendo sempre a vêia crítica pra todos aqueles que cedem ao meio pra poder se mostrar. Como ele mesmo fala, "posso ter todos os defeitos, menos o defeito do "desreconhecimento"." Cantar os mestres e menestreis, os causos populares, as coisas de Elomar, de Vital Farias, de Maciel Melo, de Juraíldes da Cruz, de Renato Teixeira e de tantos outros. E o mais importante, resumido na gravação dos 3 Cantorias (o verdadeiro Grande Encontro), que foi citado nas palavras de um cantador chamado François Silvestre:

"Só é cantador quem traz no peito o cheiro e a cor de sua terra, a marca de sangue de seus mortos e a certeza de luta de seus vivos..."

O caminho dele é esse. Sem vergonha de cantar numa praça, num teatro e até mesmo no meio da rua. O verdadeiro artista! Aquele que toca onde o povo está e principalmente, aquilo que o mesmo quer ouvir.


segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Nina, dos olhos de mar - Gilberto Valle


Nina, de menina...
A menina que ri quando voa e tenta alcançar o céu...
Quem sabe o teto? Ponto mais alto...
Dos longos vôos de uma criança...
Ela para, observa e ri...como se dissesse:
"Todo mundo me babando"
De dentro das bolinhas azuis a inocência...
Transparente pra quem olha o azul vitral dos olhos...
Por isso, eu fico rindo...
Não tem coisa melhor...ficar rindo da cara de vocês.
Me deixem voar...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

À voz de aço - Gilberto Valle


O medo da morte...notório em suas letras. Talvez, por desilusões de vida, pelo fato de ter iniciado a carreira nos morros como simples policial. Ah, meu caro mestre, se fosse hoje em dia terias muito mais o que chorar. Mas, tudo tem seu tempo! Que presente poder ouvir suas músicas, suas letras, compostas com o jeito peculiar de tocar violão apenas com dois dedos. Indicador e dedão...talvez pelas lembranças do gatilho.
Mestre Nelson Cavaquinho, da voz de aço, rouca pelos goles infindos nos botecos cariocas. Pelo medo de deixar a Preta velha desamparada. Medo...palavra que resume o poeta. Mas, caro Nelson, agora você é delegado. Está no sangue. O sangue do "juízo final, a história do bem e do mal". E, que todos nós, esperamos ter olhos pra ver a maldade desaparecer. Um dia, desaparecer...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Tudo se transformou - Gilberto Valle

Nas brumas da caminhada
Te senti amada...
Sentiste? Viste? Ouviste?
Eis as dúvidas...

Não adianta, temos que passar
Amor, que passou
Que morreu da forma mais covarde

Pra que fazer valer?
Sem ter pra que...pra querer...
Morto e enterrado, sem alarde...

"Ah meu samba, tudo se transformou, nem as cordas do meu pinho podem aliviar a dor..."

Paulinho da Viola



terça-feira, 9 de outubro de 2007

...Decisões...

Como é difícil caminhar...aceitar
Mudar...pensar...e tentar mudar...
Não adiante insistir, será que não?

A certeza de amar...de ser amado
E a vontade, junto com a razão...

O que?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Pisa no chão, pisa manêro... - Gilberto Valle

É impressionante o que leva as pessoas falarem da vida alheia. Que coisa sacal e absurda! Perguntar o que leva a certo tipo de gente ficar pensando e arquitetando mal sobre outros é extrema burrice. Ficar perdendo tempo pior ainda. Esse tipo de gente se excreta, ou melhor, eles próprios se tornam escória pra sociedade. Melhor pensar assim...
Agora, obviamente não ficamos em silêncio. Todo mundo, mesmo que sem maldade, opina sobra outrém. Normalíssimo pela cultura regional, pela região e tantas outras coisas. Se bem que tem gente que faz disso profissão! É verdade!
O que leva a uma pessoa arquitetar algo, para denegrir a imagem de outras? Nem a mais longínqua e profunda psicologia explica. Parece que dá mais prazer do que trepar, gozar, trepar de novo e gozar de novo...será falta disso?
A cultura nordestina também tem outros ditados como:

"O queijo subiu pra cabeça" esse é arretado!

Me pergunto: "E eu? Já falei mal de alguém?"

E eu os respondo! Claro! Sou nordestino, cresci aqui e aprendi muita coisa sobre tudo.
E, diga-se de passagem, todo mundo gosta de opinar. Não é só aqui no Nordeste. Porém, ouçam bem...porém, arquitetar maldade já é demais!
Mais cedo, ou mais tarde a verdade aparece. As pessoas entendem e buscam saber de onde provém essas atitudes. Tudo vem a tona, claramente. Simples e expresso como diz a gramática, sobre o sujeito (a).

Eu?!!! "Procurar sarna pra me coçar?" Jamais na história do Brasil. Basta ter paciência, paciência, paciência...

Agora, pro mal, existem consequências. Como diria o dito bíblico:

"Aqui se faz, aqui se paga!" E respeitem! É bíblico, coisa santa!

Se bem que pra quem cresceu aqui e tem maldade vinculada ao seu nome e honra por quem quer que seja, o mais legal seria:

"Pisa no chão, pisa manêro, quem não pode com a formiga, não assanha o formigueiro."

E, tenho dito! Ou melhor...quem disse foi o poeta!




sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Ensaios Repentinos 4 - Gilberto Valle

E de dança...veio toque...
de toque veio beijo...
leve...suave...

Brisa de maresia...sol nascendo...
Parece que eles se conheciam...
Nem sempre...pra sempre...

Era um momento...um olhar...
Energia que rolava, formando uma redoma...
De prazer, nada de sentimento...

Desejo? Que nada! Como falei...interação...
Inter...ação...ação...
Beijo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

De amor e ódio - Gilberto Valle

De amor e ódio...
Ódio de amor...
Amor de ódio...
Ódio de ter que amar...
Amor sem ódio?
Amor de grande amor...isso sim.

Amor...ódio.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Conversa fiada - Gilberto Valle

Estavam dois amigos a beber no Bar do Agenor. Eles discutiam sobre tudo, quem bebia mais, marcas de cigarro, até sobre gaia que um já tinha levado, quando de repente ela apareceu.
Aquele vestidinho curto, coxas grossas, peitinhos perfeitos, aqueles que tem o número 3 (cabem todinhos na boca), as temporas levemente suadas dos afazeres domésticos. Sentou naqueles banquinhos de madeira de tampo redondo e cruzou as pernas, depois, pediu suavemente:

- Seu Agenor, me veja uma coca-cola por favor...

Ah que voz! Linda, rouquinha...delicada que é uma coisa.

Era o delírio dos bêbados de plantão. Pra olhar ela, deixavam até a cachaça de lado. Seria a necessidade geral? Ou a cachaça tava era tomando conta da mente e do corpo como um todo?
Nem o nome da mocinha eles sabiam, era só aquela tara, a imaginação humana, pervertida...
Observavam os pelinhos fininhos que dominavam as coxas da menina e imaginavam de onde eles vinham e onde terminavam. Será que mesmo? Ou seria ela adepta do estilo norte-americano? Eis as dúvidas, eram tantas...

A danada se deliciava com a Coca, geladíssima. Ela aliviava aquele calor todo.

"Menina naquela idade devia ter um fogo de lascar!" Afirmava seu Genival, de dentro daquele bigode que escondia-lhe totalmente a boca. O "espanador de buceta" da nêga véia, como ele mesmo afirmava aos quatro ventos, pra quem falasse mal do mesmo.

Era quando a mocinha se levantava e a mente de todos os bêbados imaginavam a tábua de madeira úmida, transpaçando pelo vestido da mocinha, como se os pensamentos de todos eles pudessem excitar a regazza. Que nada! Ela só queria tomar Coca-Cola e voltar pro trabalho.

Saía simplesmente dizendo:

-"Boa tarde, Seu Agenor" com a mesma voz de anjo.

E pra surpresa da mesma. Todos os que estavam ali presentes clamaram:

-"Booooooooooooooa!!!"

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Ensaios Repentinos 3 - Gilberto Valle

Meu corpo e o teu bailam insaciavelmente
Interação no ar...

Olhos no fundo azul que estampa o local
Azul do céu...do inferno

De inferno nós fazemos sempre...
Por mais que não desejemos tal...

E vamos, no calor, nos pensamentos mais profundos, inescrupulosos...
Hálito quente quase colado ao rosto, cheiro de bebida que enebria...

Mas tem coisas acima disso...tem?
Vamos viver meu bem...é tão gostoso.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

E vai rolar a festa...já tá rolando - Gilberto Valle

Aleluia! Osanas, osanas! Fogos de artifício meu povo!

Hoje os grandes nomes do nosso Congresso Nacional, começam a votar a cassação do ilustríssimo Sr. Renan Calheiros! Pra que? Se nada vai acontecer. Exatamente isso! Nada vai ocorrer com ele. Pode passar um tempo fora, mas volta. Logo! Engraçado que no Brasil, todo capítulo político negativo, tem cenas do próximo capítulos, mas nunca um fim!
Essa semana li um texto do Jabor, chamando os brasileiros de babacas ao invés de solidários. E, ele está certíssimo! Tanto que foi praticamente expurgado da Ràdio CBN e totalmente afastado da Rede Glóbo de TV. Aquela mesma, que elege quem quer e manda em 80% (generosidade), nos babacas do país.

De fato, nosso país merecia coisas muito melhores do que nós mesmos. Não fazemos nossa auto-análise. Nosso país é o país que "ficar rico da noite pro dia é status, roubar energia do vizinho idem e etc...".
Não podemos nos curvar e aceitar isso em sua generalidade. Não existe mais políticos de Direita, de Esquerda, Centristas, e tantas outras sopas de letrinhas que nunca fizeram nada pelo Brasil. Não existe ajuda, pra pobre, pra rico, pra aleijado, doente o que seja...
Renato Aragão, faça-me o favor! Porque tu não pedes a Globo pra doar? Ainda vai pedir de quem já tem mais de 60% do salário confiscado pelas taxas, pelos juros e impostos do Governo "Lóla"? Pensa se tu estás sendo justo com os brasileiros...bota do teu bolso cara. Isso pra mim é balela!
Estou quase lançando o Gilberto Esperança, pras pessoas doarem grana pra mim. Nesse país, nós que fizemos uma faculdade, estudamos, temos alguma experiência hoje em dia não valemos nada. O senhor "Lóla" é muito inteligente! Ele fechou o mercado pra contratações de profissionais e fica votando lei de "estágio" e colocando como se fosse "geração de emprego". Faça-me o favor Luiz Inácio!!!
Todos nós fomos estagiários e precisamos continuar nossas vidas como profissionais. Tanta gente competente parada, porque as empresas só querem estagiários (ou escraviários).

De fato, é pra ficar indignado! Principalmente quando se para pra ler jornais, assistir os mesmos na TV e absorver uma reportagem que no Japão, um ministro (da agricultura), foi nomeado. Depois de uma semana, comentários sobre a índole do mesmo no cargo anterior não era boa, que ele desviava dinheiro, dentre outras coisas...o mais interessante que no dia da posse, o tal ministro nomeado admitiu que não podia assumir tal cargo pois, um ministro não podia, nem deve ter o nome metido no meio da lama pútrefa de escândalos. Mas, isto é normal, onde após as bombas atômicas, o dinheiro concedido pra ré-construir as cidades, foi gasto na compra de livros pra educação dos menores nipônicos.

O impressionante, é que depois de um mês, assistindo a "grandiosa" sessão do Senado Nacional de ontem, apenas um (eu disse, 01) notou que as votações que são necessárias para o país estão paradas há 1 mês, por conta do Sr. Renan Calheiros e seu "calvário" (palavra citada diversas vezes por ele ontem no discurso). Calvário? O que esse nojento cometeu foi uma heresia utilizando uma palávra biblíca e ainda mais a nossa língua mãe pra defender o que não tem defesa.

Ahh, esqueci, estamos no Brasil.

Até a próxima eleição Sr.Renan Calheiros!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

O constante assassinato cultural - Gilberto Valle

A cada dia que vai se passando somos vítimas de assassinatos. Assim eu os chamo. Assassinatos culturais de grandes proporções. Vou falar basicamente dos musicais.
Sei que certamente estou sendo repetitivo no "discurso", mas depois de assistirmos a shows como o de Chico Buarque, e semana passada ao de Xangai, realmente temos que refletir.
Em nada eles se parecem, mas ambos são geniais! Cada um na sua praia, é óbvio. Cantam e encantam. Enquanto um mal tem interação com o público por extrema timidez, o outro só falta descer do palco defendendo a bandeira do Nordeste tão amado por mim. Tocam o que o povo quer ouvir.
Mas, infelizmente vivemos numa país que não se recicla e não pensa. Estamos parados há mais de 10 anos (isso sendo bondoso), nas mesmas coisas. Pra termos uma idéia, só de olhar a Globo todos dos dias. Malhação está há exatos 12 anos no ar, sempre mostrando o "carióca" way of life...um mocinho, uma vilãzinha, um bonzinho...uma boazinha (estes irão terminar juntos) e uma cambada de jovens totalmente imbecilizados que só tomam "suco", comem hamburguer e ão engordam jamais. Teve um, dessa "nova" fase, que encheu a cara de suco e meteu o pau num travesti e numa prostituta junto com seus amiguinhos, mas isso não foi na novela...foi na vida real. O que será que o suco do Giga tem? Algum alucinógeno muito fuderoso! E o pior, a Globo, jogou a culpa pro "malvado" da história fictícia pra limpar a barra do bonzinho na vida real. Belo exemplo pra os jovens do país!
Musicalmente falando é que estamos jogados na miséria mesmo! O Império do Funk, o Império do Axé, o Império do Brega...sinceramente. Aí tu vens me falar que isso não é crime? Crime é forçar a todos nós não termos mais uma rádio rock aqui em Pernambuco e na maioria dos estados do país. Crime, é vetar as rádios piratas que tentam ir contra essa mídia hipócrita e que só dá valor aos pagadores de jabá. Crime são as novas bandas ter que pagar pra se mostrar na TV e mudar o disco como a gravadora quer. Por essas e por outras, admiro o Los Hermanos (ou ex- hermanos). Os caras fizeram o primeiro disco e quando a gravadora quis se intrometer na gravação do segundo os mesmos pularam fora e disseram: "Fazemos as nossas músicas sem interferência, quem quiser comprar e gravar nossas idéias, que as compre!" Um belo recado pras gravadoras.
Comparado com outras bandas como o Charlie Brown Jr, que prega o discurso da revolução, dos skatistas, dos "pobres e oprimidos", daquels poucos favorecidos pela sociedade, chega a impressionar. Me recordo na época do Sheik Tosado, China voltou de São Paulo e me mostrou na sua casa em Olinda, uma fita de uma banda de Deth Metal (aquilo me soava igual ou semelhante ao Carcass, ou coisa do gênero), e fiquei impressionado quando ele me disse: "Véio, isso é Charlie Brown Jr." A banda já estava estourada cantando: "corra pra ver o que acontece...os caras do Charlie Brown invadiram a cidade". Desde esse dia, sou meio que desconfiado até com as bandas de rock! E com qualquer novidade que surja no mercado. Até onde isso vai não sei, mas que nunca mais iremos ver uma banda como os Stones, que está na sua última turnê por conta dos 70 anos dos integrantes, tenho certeza de que não. E esse tempo todo de estrada criando, produzindo coisas novas e fazendo de nós, amantes da boa música um pouco menos tristes.
E pode me chamar de antigo. Tenho dito!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Ode a Luiz Marcelo

Uma luz...
O questinonamento incessante...
O saber ouvir...
O artista, uma dança, sua presença...amizade
Melodias e harmonias...
A inteligência do castor...animal!
As palavras, a atenção...

"Ha Ha Ha Música..."

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

A difícil arte de convencer - Gilberto Valle

Convencer...pense numa coisa difícil!

Pensamos, arquitetamos, pensamos de novo, milhões de vezes...infinitas vezes pra tentar convencer algo que pode ser impossível. Nem sempre as pessoas estão abertas a aceitar, ou ao menos a ouvir opiniões, discutir as mesmas, analisar...analisar, analistas?

Que coisa! Ensaios depressivos mentais são complicados. O desespero pode tomar conta de uma pessoa normal, quanto mais de quem sofre de depressão?

Dá vontade de arrancar o melhor, mesmo que seja covardemente! Atentando contra você próprio...o maior dos crimes. Só que, temos que entender que nem sempre quem sofre de depressão está na melhor, "numa boa"...ninguém sabe o que se passa na cabeça de uma pessoa que sofre de transtornos bipolares! Os "achismos" são muitos...demasiados...

Quanto mais convencer numa crise...é difícil.


segunda-feira, 30 de julho de 2007

Saída de Emergência - Porter - Gilberto Valle

"Na vida que tracei há alguns meses atrás, já não cabiam cataclismas mais..."

Pois é...

Sua boca tem um jeito de fundir...é notório e sensitório...

Digamos que um tipo de prazer diferente de sentir, de possuir...suor e saliva se "fundem" (ou seria, se fodem?).

Mas assim mesmo são...sentir,prazer, gozo, prazer, cansaço, olhares...carinhos e prazer...um entrelaçar incessante de pernas.

Deixa ir...deixa eu ir...seguir.




domingo, 29 de julho de 2007

Ensaios Repentinos 2 - Gilberto Valle

Tem mistérios que não podemos descrever...coisas que a vida tenta nos mostrar e por mais que nos esforcemos pra enxergar, não conseguimos.

Tratam-se de momentos? Talvez de prazeres...talvez de prazer...é tudo confuso.

Pra que se preocupar com a vida? Porque temos que vivê-la, essa é a resposta mais plausível...

Vivê-la? Sim, vivê-la...mais um mistério...mistério...

Esse é o barato! Mas não deixa de ser mistério...

Vim vê-la!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Árias Sertânicas - Homenagem a Elomar Figueira de Melo

Que nome belo! Árias Sertânicas...mestre Elomar assim escreveu há tempos no coração do povo. Pena que pouca gente tem acesso a verdadeiras obras-primas da música nacional.
Elomar é bicho do mato! Mas é emocionante como uma jaguatirica em busca da sua presa, como o canto do assum-preto...tem cheiro de mato, de suor do nordestino herói. Os verdadeiros heróis...
Como é difícil ser herói de vida. "Quem me dera ao passado retornar...a sorte porque me feres?" Alma sofrida, em tom barroco, bucólico e triste. Sonhos jogados fora, como a lua bela, e de tão bela assustou o sertão. "Não tenho paz mamãe, não tenho amor...mamãe estou sem farol nas noites de dormidas...crepitadas as chamas infernais...Sérbero dos portais...".
Por que eu fui deixar o meu sertão, nada eu tinha, nada eu sabia...putrefeito coração.

No meu peito, morto e vivo coração...

Mas como diz o poeta: "A nova lua vem alumiar..." E agora todos são felizes no sertão, as estrelas "cantam" de alegria. Dança coração nessa grande festa!
"Vamos fazer o nosso ninho, lá longe no céu, junto aos passarinhos..."

Agora eu sou feliz. Feliz até demais...até demais!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

As diferenças existentes...

As pessoas mudam de acordo com seus preceitos, suas convicções...
o mundo não admite falhas. Será que as pessoas não merecem chance?
Pensamos que somos superiores, que não podemos conceder chance a outrém.

De fato é lamentável...por certas coisas que sentimos na nossa pele e outras se metem por seus motivos. Porque acham isso, aquilo, e coisas assim...

Flor da pele, experiências divergem! Nem todos são iguais!

quarta-feira, 21 de março de 2007

Ensaios Repentinos 1 - Gilberto Valle

Às vezes achamos engraçado certas situações...
Só que, as situações podem não ter graça alguma...
Vivemos na injustiça, na impunidade e num país de merda...
Parece que é a lei do cão sempre!

Já dizia o Russo: "A lei do cão não é nada além do que a própria lei do homem"

E as pessoas ainda não entendem, nada...mas nada mesmo!

Fazer o que?

quarta-feira, 7 de março de 2007

Eu sonhei que era Belchior

Um rapaz latino americano...sem dinheiro no bolso...
Que está cansado do peso da sua cabeça...
Que era alegre como um bicho...um bando de pardais...
Quando havia galos, noites e quintais...
Que no escritório, trabalhava...ficava rico...
Mas quanto mais multiplicava...perdia seu amor...
Como é perversa a juventude do coração...
Que estava mais angustiado, que um goleiro na hora do gol...
Gozando no seu céu e no seu inferno...
Com saudade do verde marinho...
Mas ainda sou tão moço...pra tanta tristeza...
Deixemos de coisa, cuidemos da vida...
A gente se olha, se toca e se cala...
E se desentende no instante em que fala...
Medo...Medo...Medo!!!
Só que não estou interessado em nenhuma teoria...fantasia, algo mais...
Para acompanhar bocejos, sonhos matinais, quiçá romances astrais...
Amar e mudas as coisas me interessa mais...
E a solidão das pessoas nessas capitais?
Play at cool, baby!
Longe o profeta do terror...
A Laranja Mecânica anuncia...
Ah, minha rede branca, meu cachorro ligeiro...
Nessas ilhas cheias de distância...
Sentado à beira do caminho...
O fim do termo saudade...
Minha fala nordestina...
O amor e o humor das praças...cheias de pessoas, tudo outra vez...
Viver a divina comédia humana...
Onde nada é eterno...
Só que eu canto...enquanto houver espaço, tempo e modo de dizer "não"
Eu canto...
Vamos andar! Pelas ruas de São Paulo...
No tempo em que você sonhava...
Eu me desesperava, a ouvir tangos argentinos...
Descontentes...desesperadamente...
Sonho, sangue, América do Sul...você sabe e eu também eu sei...
Torto, feito faca, cortando a carne de vocês...
Medo anda por dentro do teu coração...
Dar pro sertão da minha solidão...
Eu tenho medo, ainda está por vir...
Morre meu medo...
O passado é uma roupa que não nos serve mais...
Não serve mais...
Precisamos todos rejuvenescer...
Saia do meu caminho...eu prefiro andar sozinho...
Deixem que eu decido minha vida.




Homenagem ao mestre Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, o mestre!

sábado, 3 de março de 2007

A Foto

No vazio acordo, sem a luz de alegria de antes

brilho já não existe em meus olhos

Atormentado por algumas culpas que poderiam ter sido evitadas.

Nada que fiz foi pra machucar

São vocês, meus irmãos, meus amigos, minha vida

Ainda quero vê-los sorrindo

Ontem não deveria chover, mas minhas lágrimas teriam que aparecer

Não paravam!

Talvez isso tenha estragado tudo, espero que não...

Outra vez fui egoísta, não sabia se me aceitariam

Mesmo assim quero estar sempre com vocês

Ainda que uma última vez.

As coisas jamais ficam iguais

O coração é silencioso, chora calado...

Talvez seja tarde para meras palavras

Estou calado e não perderei mais tempo.

Posso ter falhado com alguns...isso dói

Entendam que ninguém é simplesmente perfeito,

há dias de erros.

Aquela foto nunca revelada, está como deve ser

Nossas histórias divergem, não há como negar

Outros já nos feriram, a cicatriz pouco importa.

A escuridão pode ser uma casa

Mas eu tenho a luz de vocês

Sem seus olhos, minh´alma é cega...invisível

Preciso de vossas mãos para ser...

Quiçá viver...

sexta-feira, 2 de março de 2007

O Mestre-Sala dos Mares

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como navegante negro
Tinha dignidade de um mestre sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto, pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
Dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
E a exemplo do feiticeiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais