"Glória a todas as lutas inglórias. Que através da nossa história não esquecemos jamais. Salve o navegante negro, que tem por monumento as pedras pisadas do cais." - João Bosco e Aldir Blanc
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
O céu de chumbo - Gilberto Valle
Algo te incomoda imensidão? Não te vejo alegre, estás retido em teu meio...em teu seio, por algum motivo.
Serão lágrimas contidas e seguras no peito pra amargar...a nós? A quem? Não respondeis!
Não precisa, afinal, somos e seremos sempre expectadores teus, tristemente, ou alegremente de acordo com nossos sentimentos. Os teus, a ti pertencem, só a ti.
Nessa imensidão hoje de chumbo.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Riff..Explosion...and The Blues - Gilberto Valle
Um lobo solitário caminha pelas ruas do centro. Camisa de malha, um velho jeans, sapato de couro e um case na mão. A cabeça no mundo, nas luzes da cidade, nos sons de buzinas. Ele passa na banca de revistas da frente do prédio, compra duas carteiras de Marlboro Red e sobe...
O cansaço toma conta, da mente...chega
Logo acima, no armário, Jack o observa e implora pra participar da reunião. De imediato, um copo baixo é pego, preenchido e degustado pelo lobo. Que soltando fumaça, olha a cidade lá de cima. A movimentação de carros, pessoas, de tudo...agora tão pequenos.
Ele pensa na garota que está longe, sente saudade e imagina, se ela estivesse ali. A imaginação leva você onde quiser, ele pensa, fuma, senta e toca. O que? Ele passa sentimentos, solidão, angústias, alegrias e tristezas pra compor um bom e velho blues.
Blues de vida, blues de armário...o blues do lobo noctívago.