quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal - Autor desconhecido

FELIZ NATAL ,um Brasil desconhecido por muitos e amado por poucos.

Alguns estados do nordeste brasilero , tem lindas cidades e até muitas árvores que fazem sombras nas belas ruas.
Mas não é assim seu interior, não há praças, nem árvores e muito menos fontes nos pequenos centros, mas sim muita poeira, galhos secos, animais esqueléticos perambulando pelos caminhos e muitos jegues em uma jornada infinita carregando a água que sobrou em algum buraco da última chuva de muitos meses atrás. E é claro que ao seu lado o sertanejo, o lutador, o guerreiro brasileiro que não desiste nunca, que não desiste da vida, porque ainda não chegou o dia de sua morte, que não desiste da água, pois tem vários filhos para dar de beber. Que mesmo sem cair uma gota de água do céu arrisca sua enxada no solo seco na esperança dos grãos de feijão e milho brotarem se por um acaso da vida cair a tão sonhada chuva.
Sertanejos que sentam-se na porta de sua casa na manhã bem cedo e espera o dia acabar para poder voltar a sua rede e sonhar com dias melhores, apenas “sonhar”.
Pois em sua terra, em seu chão, não nasce nada, não cresce nada, mesmo que ele chore sobre ela.
Mas é claro que nem tudo é tão ruim assim, que nem tudo está perdido, que nem todos desistiram da vida, dos sonhos, de projetar o futuro segundo sua capacidade.
Muitas pessoas que são diferentes, que pensam diferente, que vivem de uma forma diferente, mesmo ultrapassando a barreira da fome, miséria e descaso.Homens com fé em Deus, esperanças na vida e acreditando em dias melhores.
Em um calor de mais de quarenta detalhes da vida do povo nordestino e as grandes dificuldades de se chegar até eles. Dificuldades de se conseguir um meio de transporte rápido, porque com carro não dá para ir, dificuldade de enfrentar o sol causticante, mas a maior delas é a dificuldade de chegar às casas deles e eles não terem um copo de água para oferecer, e muito menos um pedaço de pão.
não é outro país, e a única coisa que mostra o contrário é que falam a nossa língua.
Na sequidão encontra-se esperanças, na morte encontra-se a vida, no fim do túnel encontra-se uma saída. Um povo perdido, perdido em si mesmo, um povo incrédulo, incrédulo por nascimento, sofrido, mas com um coração aberto para o amor.
O natal da comida, o natal de barriga cheia, um natal nunca antes visto por aquelas crianças famintas e desnutridas.
crianças junto a seus pais, crianças que faziam até cinco dias que não comiam e fizemos um jantar para todas elas, crianças que nunca haviam comido frango e carne, e comeram até se encherem, e pais que levaram seus filhos para poder comer também.
Um jovem de mais ou menos dezessete anos me chama na porta, no escuro, e me diz: “Senhor, eu sei que não sou criança, mas eu tenho muita fome, sinto fraqueza nas pernas, quase não consigo caminhar de tão fraco que estou. Por favor, me dê um pratinho de comida mesmo eu não sendo criança”. Quando disse que sim, totalmente emocionado, vi que ele segurava em uma de suas mãos a mão de sua mãe, e a mão de sua mãe segurava as mãos de mais três crianças pequeninas. Como não amar essas pessoas, como ignorar nosso povo, nossa gente, gente como a gente, gente como eu e você.
Essa é a nossa missão: amar, proteger, ouvir, e estender as mãos amigas.


Descobrimos que ainda falta muito para fazer e é exatamente por isso que não podemos desistir nunca, e retroceder jamais. Mas uma coisa é certa: o trabalho está cada dia crescendo mais.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ensaios Repentinos - Gilberto Valle


Aqui estou eu ouvindo Sweet of Dreams, quarta música do Chinese Democracy, o mais que esperado álbum de inédita do Guns n´Roses. Vejo que a fórmula não mudou muito, tirando alguns elementos de música "industrial" (acho que esse foi a melhor definição daquele barulho insuportável, que reina nas festas Raves). Se bem que ainda acho que o nome "música" utilizado antes deveria ser mudado, porque é tudo menos música. Enfim...Mr. Axl Rose tá aí de novo né...mesmo gordo e "acabado" pelas drogas, ele soube fazer o disco. Tem 4 músicas excelentes, inclusive a que leva o nome do álbum. Algumas baladinhas, pra não perder o costume e mais uma coisa "velha" volta a ativa. O pior não é isso! Certamente, o Chinese Democracy é bem melhor do que muita (mas muita mesmo) coisa dessas bandinhas "bostxinhas" de hoje em dia. Salve os velhacos! Com certeza! E uma nota 7.5 no disco.
Ontem de noite, consegui falar com meu amigo Bruno, que sumiu durante o final de semana. A discussão, via msn, até que fluiu bem. Falamos de alguns casos da vida corriqueira e naquelas pessoas que entram na nossa vida, começam a fazer parte dela e depois somem por conta de qualquer reles motivo. Assim é a vida! Mas não deveria ser, pelo menos eu acho. A gente não devia ligar pra essas coisas, essa é a verdade. Acho, particularmente, que a política entrou até na vida pessoal das pessoas. Eu conheço muita gente, mas detesto muita gente perto. Dá pra entender? Esses lances de popularidade não são muito comigo...confesso. Não gosto de pagar pau pra ninguém, de babar chefe, de bajular por interesse e essas coisas. Eu continuo tentando ser o que sou e vamos seguindo. Como muitos dizem - "tem quem goste".

Ah e odeio ver meus amigos indo de encontro com a cara no muro, mas fazer o que?

PS - achei a capa do disco bem bonita também