quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Memórias Cariocas - Parte 2 (Sexta-feira)


O dia começou cedo. Até porque mesmo depois de todas a maratona de cerveja da sexta, o calor no Rio de Janeiro é terrível até a noite. Digamos que mesmo com a hospitalidade de Sergio e Pedro, passamos maus-bocados. Ar-condicionado é item essencial! Se foda para pagar a conta, ou não faça mais nada, caso contrário você não dorme. Eu pelo menos sofri e muito por conta do calor.
Acordamos e decidimos: hoje vamo andar o dia todo. Entrei no computador rapidamente e fui ver os recados e e-mails de minha mãe, altamente preocupada comigo e etc...coisa de mãe.
Pegamos o ônibus 410 (em direção ao Centro do Rio, de Humaitá, se pega ou o 410 ou o 409). Saltamos embaixo dos Arcos da Lapa, e tome andar. Agora começava a epopéia atlética do Rio de Janeiro, com o relógio batendo 11 da manhã, e os termômetros 39ºC. Seguimos para fotografar o Theatro Municipal, de rara beleza. Mesmo em processo de restauro se pode notar a imponência arquitetônica, sua importância para o Estado do Rio de Janeiro e para o país. Daí, seguimos pra Biblioteca Nacional. Por sinal, a coisa mais linda que vi no Rio (pode parecer estranho, mas sou assim mesmo. Gostei da biblioteca e pronto, é meu jeito).
Pegamos voltando no meio de um turbilhão de gente que se aglomerava em horário de almoço pelas calçadas, aquelas cenas de metrópole mesmo. Um inferno ter que andar com gente devagar na rua. Chegamos na estação onde se pega o bondinho para Santa Tereza, ou até mesmo para o Cristo e para nossa surpresa a passagem custava R$0.60. Nós queríamos ir até Santa Tereza conhecer aquele bairro belíssimo. A única coisa meio desagradável, é que o bonde vai extremamente lotado, tanto de moradores quanto de turistas. Penso que deveria haver um limite, mas isso não é coisa para gente da minha alçada decidir. Chegamos em Santa Tereza e se percebe logo outro clima. Parece que não estamos no mesmo Rio de Janeiro, é um silêncio muito gostoso e as casas antigas "lembram" algo parecido com Olinda, mas ao mesmo tempo diferente. As mansões tomam conta de todos os lados, e isso na nossa Marim dos Caetés não é tão comum. Como todos os que me perguntaram, sabiam, o intuito da visita ao Rio era conhecer o máximo de butecos possíveis e imagináveis (e não me arrependi um segundo, é bem mais legal que ir no Cristo, heheheheh).
Chegamos no Espírito Santa, um lugar com aquela cara que já conhecemos, simples, mas caro. Pequeno, de luz ambiente e com o terraço olhando para o vale de Santa Tereza, que é belo e nos mostra outra visão do Rio de Janeiro. Algo como o quintal dos fundos da cidade. O calor persistia cruel, como em todos os dias da nossa estadia na capital carioca. Foi daí que tivemos a "brilhante" idéia de tomar cerveja. No referido local, existem diversos tipos de cerveja, mas, dentre eles, escolhemos uma cerveja nacional fabricada em Ribeirão Preto. Eis que nos surge a "Colorado", a cerveja do "ursinho" (a mesma tem um ursinho como símbolo). Lembrei da queridíssima Petra na hora, pois ela sempre lembra de mim quando vê bebidas alcóolicas em grandes proporções nas suas viagens, não sei o porque. Voltando ao tema principal, vale muito a pena tomar a cerveja, mesmo ela custando R$13,80 (dá pra 4 taças daquelas de Boemia costumeiras em bar e na casa de Fernando, heheheheheh). É uma delícia! Pedimos para acompanhar, um petisco chamado "Trouxinhas de Axé", que são umas folhas cozidas em formato de trouxinha, recheadas com Vatapá de primeira categoria. Coloca-se azeite em cima e uma pimenta maravilhosa que é feita por lá (me lembrou muito a pimenta de Tio Marco Bigodão, pai de Mari. "Pimenta tem que arder o suficiente e não queimar"). Sem falar de umas 8 Boemias degustadas depois, ao menos o preço é mais em conta.
Resolvemos andar por Santa Tereza, mesmo um senhor nos tendo alertado que tomássemos cuidado pois, a favela já tava invadindo o bairro por um dos lados. Fomos a Chácara do Céu, um local de vista privilegiada de todo centro do Rio e da Baía de Guanabara. Depois de contemplarmos a visão altaneira da chácara, começamos a descer Santa Tereza a pés. Foi fantástico, mesmo minha prima Regina tendo achado um ato de coragem extrema fazer isto as quatro e meia da tarde (horário de verão). Mas quem tá na chuva (o sol era de arrombar), tem que se molhar meu amigo! Chegamos na Lapa novamente. Andamos, passamos na frente da Fundição Progresso e notamos que é mais ou menos nessa hora, que os butecos do centro da cidade começam a abrir. Paramos no Antonio´s. De pronto, fomos atendidos pelo Saldanha, cearense da peste, assim como todos os garçons do bar. Depois fiquei sabendo que de carioca, só tem o gerente no Bar, o resto é todo do Ceará, inclusive Antonio, o dono. De cara, pedimos logo aquele tradicional Chopp Brahma e fomos matando a sede. Um atrás do outro! Foi quando Thiago teve a brilhante idéia de tomar um caldinho, que terminou virando torresmo "caprichado" (pedido dele ao Saldanha). Eu confesso que nunca vi um prato de torresmo daquele tamanho. A perdição de Thiago, meus caros.
Daí, os próprios garçons do bar nos mostraram onde era a parada do ônibus para voltar para Humaitá. Chegando em casa, perto das 7 da noite, entrei no computador e foi aí que as emoções começariam a rolar. Quando entro no orkut, tem um recado do Mestre Moacyr Luz - "Giba, coloquei teu nome na minha lista de convidados. Já sabe chegar no samba?". Bicho, isso me comoveu muito. Moacyr Luz, é sambista e compositor dos mais importantes da minha lista e só me conhecia de trocar idéia pelo orkut. É parceiro de Aldir Blanc (meu compositor favorito) com mais de 100 composições juntos, Paulo César Pinheiro, Luis Carlos da Vila (saudoso), dentre tantos outros...O cara iria me colocar como convidado pessoal dele num dos sambas mais concorridos da noite carioca. De fato foi uma atitude nobre, linda e inesperada. Era o gás que faltava! Tomamos um banho e zarpamos rumo ao Clube Santa Luzia, que fica atrás do Aeroporto Santos Dummont. Chegando lá, o negócio não parece nada com um clube. As entradas são de R$15,00 mulheres e R$18,00 homens (tem lugar aqui em Recife cobrando R$20 pra ver cada BOSTA no palco). Thiago de primeira, achou caro, mas depois isso foi por água abaixo. Eu desconfiado perguntei: "Existe uma lista aqui?". A mulher falou: "Me diga o seu nome!", quando disse: "Giba". Ela me responde: "Pode deixar ele entrar tranquilamente, é convidado do Moacyr Luz." Caralho! Até aí eu não tava acreditando. Subimos, subimos e subimos...O samba é feito no terraço, em cima do clube, olhando para noite da Baía de Guanabara, uma coisa linda! Quando entramos, eu não enxergava nada, juro a vocês. Foi quando Thiago, que virou fã confesso de Moa, disse para mim rindo (de nervosismo, ou sei lá): "Meu irmão, Moacyr tá ali véio!" Olhei e ele já se encontrava sentado afinando a viola e tomando água. Procuramos um local para sentar e ficamos apenas olhando. Aí resolvemos aproveitar logo e fomos falar com ele. Nos aproximamos e eu com os discos do Pouca Chinfra que tinha destinado a ele. Coloquei a mão no ombro esquerdo do mestre e disse: "Mestre da Luz!", e ele ri e diz: "É VOCÊ QUE É O GRANDE GIBA?!", porra, isso me fudeu! O cara é simples pra caralho. Pedi licença e apresentei Thiago, grande amigo e fã. Foram momentos de muita intensidade e simpatia. Entreguei os discos a ele e ficamos papeando um pouco. Batemos fotos rapidamente, afinal o samba iria começar. Quando sentei na mesa, a descarga emocional veio pra se arrombar. Eu não acreditava no que estava acontecendo, confesso. Talvez tenha sido a primeira vez nos meus 30 anos que isso aconteceu. Daí pra frente o samba começou e logo de abre-alas, uma sessão de Nelson Cavaquinho ("Vou abrir a porta, mais uma vez podes entrar, é dia das mães..."). Susana querida, agora foi a sua vez de ser lembrada insistentemente! Liguei na hora a cobrar pra dizer a Susana o que estava acontecendo: "O que?!! Giba ele tá na tua frente mesmo?!!!" Faltou você, infelizmente!
Daí o negócio começou a lotar, a lotar, e já chegavam perto de 600 pessoas curtindo e se deliciando com tamanha competência da Roda de Samba do Santa Luzia (além do Moa, tem Trambique que acompanha Zeca Pagodinho há anos na percussão, um craque! Tem o Negrão Angola que também é monstro na percussão e Gabriel no cavaco e voz, acompanhando o mestre, dentre outros).
Daí, outra atitude que me surpreendeu, estava de cabeça baixa conversando com Thiago e foi dado o intervalo da roda de samba afinal, ninguém é de ferro. Foi quando no meio daquele inferno de gente que já aglomerava o Santa Luzia, escuto: "Fala Giba!? Tá tudo certinho aí meu amigo!?" Bicho, Moacyr Luz, passou no meio do povo inteiro para ir na minha mesa falar comigo. São por essas e por outras que começo a admirar mais certos artistas. Quando olho para aqui, vejo como tem gente que não é merda alguma e se acha demais... Obviamente que em todo lugar tem gente mal-educada e egocêntrica e para esses eu digo o seguinte: "É POR ISSO QUE VOCÊS NUNCA SERÃO NADA!"
Batemos mais papo na mesa, quando o mestre pediu licença para cumprimentar outras pessoas que estavam presentes. Cara, isso foi foda!
Posso dizer, voltei feliz demais nesse dia. Incontrolavelmente meu segundo dia feliz no Rio! Graças a Carol e a Moacyr!

Dica 1 - Faça amizade com todo garçom do Rio, perguntando de onde ele é. Geralmente são nordestinos. Faça a maior festa quando souber que você é atendido com EXCELÊNCIA!

E hoje, pra encerrar o Mestre Moacyr Luz, interpretando "SAUDADES DA GUANABARA", parceria dele com Aldir e Paulinho Pinheiro e é a música mais bonita sobre o Rio de Janeiro - http://www.youtube.com/watch?v=xD6iNnJlCGM

Valeu MOA!

sábado, 14 de novembro de 2009

Memórias Cariocas - Parte 1 (Quinta-feira)


Rio de Janeiro, 10 da manhã. Aeroporto do Galeão...longe pra cacete do Centro. Nos deparamos com um forno humano ainda dentro do recinto. Pegamos as malas e encontramos com o Heitor, um grande taxista que virou parceiro. Super simpático, dentro do carro ainda, começou a nos mostrar realmente o que é o Rio de Janeiro, com toda a sua beleza e hospitalidade. As favelas, os perigos, e toda sua indignação com a Globo,também nos foi passada. Segundo o Heitor: "Pô a Globo é aqui do Rio e desce a lenha o tempo todo! Aqui não é assim não!" (coisa que futuramente chegarei lá). Sem falar que negão também trabalhou com o Pedro Butcher, na Editora Abril durante anos. Iríamos nos hospedar no apartamento do Pedro e do querido Sérgio, no bairro de Humaitá, juntinho do Botafogo. Seguindo pelo caminho, demos de cara com um engarrafamento gigantesco, logo onde...LINHA VERMELHA! Cara, de fato o local é meio que estratégico para ser violento, mas passamos sem maiores complicações.
Nisso, o ar-condicionado do carro, começava a não dar vencimento e o Heitor alertava: "Isso mudou de dois dias para cá. Estava frio aqui!". Chegamos, logo quando descemos notei uma coisa. O taxi no Rio de Janeiro é muito barato! Thiago, meu amigo e parceiro de viagem já me tinha alertado sobre isso, e realmente foi muito legal comprovar.
Chegando no Apartamento, deixamos as coisas e pé na rua, melhor dizendo: "PÉ NO BAR MAGO!" Atravessamos a rua e fomos na COBAL, que é tipo um mercado público, sem cara de mercado. Tem loja de tudo...floriculturas do lado de adegas, uma coisa interessantíssima, além do que, tem ótimos restaurantes de diversos gêneros. Ainda por lá, encontramos uma chopperia, com nome de creperia. O que fazer? Um calor beirando os 40ºC...em pleno Rio de Janeiro. "Meu velho! Me manda dois chopps aqui!"
Só que ele trouxe aquele tradicional de 300ml. Foi degustado em menos de 3 minutos por mim e por Thiago que reclamava do calor, inclemente da Rua São Clemente (a frente da Cobal é na Rua São Clemente). Daí pra frente o bicho começou a pegar de vez. Tinha um tal de Chopp de 500ml que era um desmantelo. Cada um tomou umas 4 calderetas (acho isso tão jegue, é copão cacete) e depois voltamos pro tradicional de 300ml. Nessa creperia/chopperia, rolava um bolinho de bacalhau fantástico e barato. Até mesmo em comparação a Recife, onde se come uma porção com 8 bolinhos de bacalhau, a quase R$15,00. No Rio, foram 15 bolinhos por esse preço, e era peixe de verdade mesmo, longe daqueles de festa, que são feitos de "essência de bacalhau", como diria Fernandão. A essas horas o calor já ficar beirando o insuportável nas ruas, ao ponto de Thiago não aguentar mais. Tivemos a brilhante idéia de passar dentro da COBAL, num mercadinho e comprarmos mais cerveja (fiel companheira) e uma tradicional linguiça portuguesa, para ser um tiragosto. Essa coisa de natureba é boa em partes. As pessoas falam que em temperatura elevada, precisamos nos hidratar e comer coisas light. Mas, já imaginaram tomar cerveja (isso que é hidratação) e de tira gosto, folhas de alface? Não cola né...
Voltando para casa (assim nos sentimos no apartamento de Pedro e Sérgio), começamos aquela velha coisa de sempre, cigarro, boa música, cerveja e calor. Daí tive a grande idéia de ligar para uma menina que me matava de saudade. Carolina Pires, minha pequenina genial das lentes. Fazia uns dois anos que não a via, e foi um reencontro foda! Fomos pegá-la em Copacabana, na frente do "Hortifrutchi", (heheheheheh). Quando o taxi para no meio da rua, olho pro outro lado e me deparo com uma figura que também não via a um certo tempo e que havia falado no dia anterior. O Fabra! Com aquele jeitinho delicado e educado brasileiro, baixei o vidro do carro e gritei a plenos pulmões: "FABRA PORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRA!!!". Imagina a cara de espanto! "GIBÃO CARAI, QUE QUE TU TÁ FAZENDO AQUI?!!!!" Aí virou zona...era abraço em Fabrício e quando menos espero Carol, que voltava da academia, pula em cima de mim. Aquela coisa linda né! (eu acho). A viagem já mostrava porque ia ser do caralho. Tudo tinha que acontecer daquele jeito. Me despedi do Fabra, com um forte abraço e seguimos para a Urca. Carol tinha ido no dia anterior no Bar da Urca, ver a lua nascer na Baía da Guanabara. Chegando lá, achei uma escolha muito certa. O bar nem cadeira tem, fica embaixo de um restaurante tradicional do Rio, e vende uma cerva maravilhosamente gelada. Ou Original, ou Boêmia a R$5,00. Em comparação a Recife é bastante barato, ao menos na primeira opção. Logo de saída Carol pediu uns pastéizinhos de carne pois não havia almoçado e a conversa foi fluindo como as cervejas. Eu adoro Carol, assim como Thiago, que viajava comigo. São pessoas que a conversa vôa na mesa do bar. A saudade só é vista quando a gente começa a conversar depois de um tempo, acho que pra mim é assim. Tanta coisa boa a gente já viveu e nos lembramos na conversa. Do dia em que eu completamente bêbado no casamento de Carol, carreguei ela nos braços vestida de noiva, do litro de vodka no samba (vexame) e os shows de uma Mula que precisa voltar a mancar de novo, ao menos. Gosto de Carol de graça (isso ela escreveu pra mim quando tinha orkut)! Desde o início foi assim. Acho que porque somos autênticos, não temos papas na língua e vergonha de ser como somos. É sempre ótimo ver Carol, que ainda depois disso tudo e de todas as cervejas, teve a sacada da noite. Ah, eu comi 1 pastel de queijo, Carol, pra você não engordar sozinha.
Voltando para deixar Carol em casa, ela deu a brilhante idéia: "Por que vocês não aproveitam que estão em Copacabana e vão no Bipbip?" Ganhamos a noite com essa pergunta! Até porque eu queria demais conhecer o bar e falei sobre ele pra Carol incessantemente antes da viagem.
Chegando lá, tudo que estava escrito no livro do Mestre Moacyr Luz, se repetiu: "Seu Alfredinho sentado batendo papo com os amigos na frente do bar, com a pranchetinha e sem fumar (isso ele parou há um ano e meio)". Me apresentei ao mesmo e logo em troca recebi a pergunta:

_"Tu és de que Estado?"
_"Sou de Recife, Seu Alfredo! E Thiago é de Olinda"
_"Pernambucano é gente boa cara!"

Daí para frente virou um sonho. Não sei porque cargas d´água o velho me adorou! Largou a conversa com os amigos na mesa e só se dirigia a mim. Isto foi excepcional! O Bipbip, é sem sombra de dúvidas um local mágico. Logo que você entra tem uma faixa maravilhosa com os dizeres: "Bibbip, 40 anos a serviço do porre!"
Nas paredes fotos com as presenças ilustres que amam o bar. Aldir Blanc, Moa Luz, Paulo Cesar Pinheiro, Beth Carvalho, dentre outros. Capitaneando tudo isto, a figura de Seu Aldredo. É o tipo do bar que eu gosto! Odeio coisa sofisticada! Bom de ficar bêbado é em buteco, é a conversa do buteco e não ter que ir pra bar pra fazer média. Como diz o sábio Moa: "O Buteco pra ser bom, não pode ser limpo igual a uma UTI e nem sujo ao ponto de ter barata na parede". Para a nossa sorte ainda por cima, rolou um samba de roda, com uma rapazeada muito legal. Tinha homem e uma menina de no máximo 22 anos tocando surdão. Gente jovem reunida e a cerveja rolando a rodo, como se diz por aqui. Na hora da despedida, um abraço imenso em Seu Alfredo e meus telefones aqui de Recife, espero que um dia ele ligue mesmo. Mas, se não ligar eu volto lá para perturbá-lo novamente.

A frase que resume o dia foi: "Cheio de cinzeiro aqui e esse pernambucano "filha" da puta já apagou dois cigarros na minha calçada." Seu Aldredo, que morreu de rir depois de dizer isso.

O samba é em homenagem a Carol - Salgueirão 1993, o desfile mais incrível que eu já vi: http://www.youtube.com/watch?v=qqw7_o-dASM