segunda-feira, 23 de julho de 2007

Árias Sertânicas - Homenagem a Elomar Figueira de Melo

Que nome belo! Árias Sertânicas...mestre Elomar assim escreveu há tempos no coração do povo. Pena que pouca gente tem acesso a verdadeiras obras-primas da música nacional.
Elomar é bicho do mato! Mas é emocionante como uma jaguatirica em busca da sua presa, como o canto do assum-preto...tem cheiro de mato, de suor do nordestino herói. Os verdadeiros heróis...
Como é difícil ser herói de vida. "Quem me dera ao passado retornar...a sorte porque me feres?" Alma sofrida, em tom barroco, bucólico e triste. Sonhos jogados fora, como a lua bela, e de tão bela assustou o sertão. "Não tenho paz mamãe, não tenho amor...mamãe estou sem farol nas noites de dormidas...crepitadas as chamas infernais...Sérbero dos portais...".
Por que eu fui deixar o meu sertão, nada eu tinha, nada eu sabia...putrefeito coração.

No meu peito, morto e vivo coração...

Mas como diz o poeta: "A nova lua vem alumiar..." E agora todos são felizes no sertão, as estrelas "cantam" de alegria. Dança coração nessa grande festa!
"Vamos fazer o nosso ninho, lá longe no céu, junto aos passarinhos..."

Agora eu sou feliz. Feliz até demais...até demais!

Nenhum comentário: