"Glória a todas as lutas inglórias. Que através da nossa história não esquecemos jamais. Salve o navegante negro, que tem por monumento as pedras pisadas do cais." - João Bosco e Aldir Blanc
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Na minha opinião - Gilberto Valle
Domingo pela manhã, liguei a TV aqui de casa e mesmo sem paciência fiquei vendo a ESPN. Estava passando o jogo entre Hoffenhein x Hertha Berlin, pela 4ª rodada do Campeonato da Terra da Cerveja. Fiquei lá e vi que o Hoffenhein tem um centro-avante filho da puta de artilheiro, 3 gols em 20 minutos. No entanto, o texto de hoje é sobre política, por incrível que pareça. Neste referido dia, a Alemanha estava indo as urnas para eleger os próximos representantes parlamentaristas e, consequentemente, o Chanceller. O maior contracenso é que no estádio do jogo em questão, não cabia nem uma mosca a mais, daí fiquei me questionando: "Será que todos estes cervejeiros já votaram?"
Foi quando o narrador e o comentarista do jogo, um alemão chamado Gert Weisel, solta - "É um dia histórico para o país, mas na Alemanha ninguém é obrigado a votar, vai quem quer". Ah, como foi bom ouvir isso. Será que um dia ainda vejo o Brasil assim? Se Deus quiser!
Sou um cidadão de 30 anos puto da vida porque tenho que sair para votar. Acho um absurdo essa "forçação" de autoridade contra o povo. Ninguém deve ser obrigado a nada, principalmente em relação a voto.
Prego, nos dias de hoje, a Desobediência Civil. Já que tenho que ir votar por imposição e não por vontade, coloquei na cabeça de que só votarei em quem confiar como pessoa, como cidadão, souber a educação e conhecer a família (tenho quase certeza que nunca mais vou votar). Foi-se o tempo de subir na estátua do Recife Antigo com a bandeira do PT na primeira eleição de Lula, foi-se o tempo onde eu falaria abertamente - "O PT é o único partido que ainda tem ideologia nesse país", foi-se o tempo mesmo...
Os fatos nos mostraram que nada é como se diz e com a beleza e o apelo emocional que se é propagado. Todos só olham para os próprios pés e arrecadam em nome de tudo, menos do povo.
Foi analisando e me decepcionando desse jeito que tive ao menos um "alívio" em relação a ira de sair de casa ressacado para votar. Anulei TODOS os meus votos, para Presidente e Governador. Saí com a minha consciência limpa e isso para mim importa mais do que qualquer outra coisa. Fiz o meu melhor - "Não votei em filho da puta nenhum!"
Afinal - "É melhor votar nas putas, porque nos filhos delas eu já cansei!"
Dedicado à todos aqueles políticos honestos como: Paulo Maluf, Renan Calheiros, Fernando Collor de Mello, Jarbas Vasconcelos, Sergio Guerra, Marco "Espermatozóide Gigante" Maciel, o nosso Presidente "Sem coragem" Lula e por aí vai...
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Ensaios Repentinos - Gilberto Valle
Uma junção...de carinho protetor e bonitas impressões...
Um beijo...
Não um beijo tórrido...uma junção, que vai se aperfeiçoando...
Longe da falta de amor...das mordidas de sangue...
Perto um do outro...sem escândalo público...
Ambientes...agradáveis...beijos...um só.
Um beijo...
Não um beijo tórrido...uma junção, que vai se aperfeiçoando...
Longe da falta de amor...das mordidas de sangue...
Perto um do outro...sem escândalo público...
Ambientes...agradáveis...beijos...um só.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Ensaios Repentinos - Gilberto Valle
Eu ganhei a aposta!
Consequentemente um "talvez" beijinho...
Não sei onde, quando, mas sei de quem, isso importa
Cabeça a mil, por vontade de ser, pela problemática das pessoas
A vontade incessante de ganhar...
De ter e novamente ser...ansiedade impiedosa...
Melhor pensar no beijo que ganhei...
Ao menos na aposta.
Consequentemente um "talvez" beijinho...
Não sei onde, quando, mas sei de quem, isso importa
Cabeça a mil, por vontade de ser, pela problemática das pessoas
A vontade incessante de ganhar...
De ter e novamente ser...ansiedade impiedosa...
Melhor pensar no beijo que ganhei...
Ao menos na aposta.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
The Resistance - Gilberto Valle
No dia 14/09 passado ocorreu um dos lançamentos mais aguardados do ano, é inegável. O disco The Resistance da banda britânica MUSE, era absurdamente esperado por toda mística que o envolvia. Obviamente que a legião de fãs que os seguem já estavam ligados em alguns possíveis detalhes do novo album e até mesmo em um mp3 (United States of Eurasia), liberada pelo Twitter da banda na grande rede. Acho que até isto foi pensado pelos integrantes. A referida música, é talvez uma das que mais procure no Bohemyan Raphsody do Queen suas influências. O resto do álbum é surpreendente.
Este quinto disco é diferente dos outros trabalhos. A expectativa sobre o mesmo surgiu porque Mathew Bellamy, multi-instrumentista e vocalista da banda, havia dito numa entrevista que teriam músicas no disco que poderiam tocar nos programas de música clássica da BBC de Londres. Muito pretencioso? O pior que não! O MUSE utilizou neste disco muito mais do que os vocais inspiradores do Queen (o que de fato é uma grande influência). Todo estudo de Bellamy em sua infância-adolescência de piano clássico também entrou no disco (Vide o talento na interpretação do "Nocturne In E Flat Major, Op.9, nº2", de Chopin, finalizando US of Eurasia), sem falar do encerramento matador do album com a "Exogenesis Symphony" divididas em 3 atos como é bastante peculiar nos grandes concertos e sinfonias eruditas. E acompanhada de fato por uma orquestra de 40 músicos mais baixo, bateria, guitarra e piano.
Não termina por aí. Acho que o modernismo do MUSE é o que vai reger o rock n´roll mundial daqui há alguns anos. Até porque as influências não param ainda no The Resitance. O disco é recheado de toques eletrônicos de qualidade, sintetizadores oitentitas similares a grandes nomes como Depeche Mode, Information Society e Erasure (dentre outros). Aqueles que levam você a querer dançar e quando menos esperamos somos surpreendidos por um trovão explodindo na guitarra de Bellamy, com as influências de Tom Morello (RATM) e os refrões maravilhosos e melancólicos peculiares ao mesmo.
Depois de muitos anos esperando, acho que o MUSE é que vai chegando no patamar de grande banda, principalmente em qualidade, inovação e sem sombra de dúvidas, porque é a performance mais elogiada por críticos de música e público desde 2007, com o histórico DVD - HAARP, gravado no novo estádio de Wembley e além de tudo, sendo o primeiro show a esgotar todos os ingressos da nova fase do Estádio.
Não acho que o passado seja um mal caminho, ao contrário, talvez seja o melhor. Mas é comprovado que você precisa se desenvolver para poder inovar e não apenas tentar fazer igual ao que já está feito. O MUSE com seus 3 excelentes músicos, vai caminhando numa estrada bastante segura aos meus olhos para entrar para a história da música. Eles sugam o que é bom lá de trás e utilizam todo o embasamento adquirido nas aulas e nas práticas, para criar coisas novas adequando ao mundo moderno. E as mudanças constantes de um trabalho para o outro provam todo o talento e competência dos caras. De fato um trabalho maravilhoso e uma banda muito respeitável. Todos os méritos e salves para Matthew Bellamy (voz, guitarra e piano), Christopher Wolstenholme (baixo) e Dominic Howard (bateria e percussão).
sábado, 5 de setembro de 2009
Adestraram os Macacos - Gilberto Valle
É, adestraram os rapazes rebeldes de Sheffield. Mas na concepção do que vos fala isso foi de suma importância para o rock n´roll mundial. Sendo um fenômeno de vendas no primeiro disco, é fato, os "Macacos do Ártico ainda não haviam me soado de uma forma agradável. Há tempos não ouvia nada de interessante no mundo do rock. Sempre as bandinhas dos prenúncios "The", a tomar conta e "enTHErrando" um estilo. Guitarras muito "iguaizinhas", uma batida muito constante e desvairada, aquele lance meio agoniado. Não é assim que se faz rock n´roll, tenham certeza!
Não sei o que levou os garotos do Arctic Monkeys a procurar Josh Homme (líder do Queens of the Stone Age e produtor de bandas como o Eagles of Death Metal), para fazer a produção de 7 músicas, das 10 que o álbum contém, mas penso que finalmente eles acertaram. Para aqueles que ao saber disso, imaginariam um estilo mais rebelde e agressivo, uma grata surpresa! O disco é mais ritmado, mais sombrio. Me parece, pelo que já ouvi, uma transição de adolescência para o mundo dos adultos.
A minha audição pessoal do disco, trouxe uma sensação no mínimo agradável. E isso é bom, pelos fatores supra-citados. O trabalho de guitarras é forte e interessantíssimo. A sensação do início do disco é boa, muito leve, mas depois ele entra numa tempestade densa, um processo de transformação interessante, e quando o disco termina vem aquela sensação de terra molhada e caminho seguido.
Ainda acho uma banda que precisa melhorar muito, principalmente no aspecto palco. Os que já assistiram o show, afirmam que os mesmos são extremamente antipáticos com a platéia e que talvez fosse melhor esperar a outra banda que viria no pós.
Por outro lado, respeito as bandas que tem coragem de mudar, assim como os músicos e as pessoas. Começo a achar que os "Macacos do Ártico", estão entrando no time dos lobos e deixando o time dos meninos. Até porque, Rock n´Roll, é coisa pra gente grande e tem que ser feito como tal.
Single do disco - http://www.youtube.com/watch?v=J_G9RRY7SS0
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