terça-feira, 15 de setembro de 2009

The Resistance - Gilberto Valle


No dia 14/09 passado ocorreu um dos lançamentos mais aguardados do ano, é inegável. O disco The Resistance da banda britânica MUSE, era absurdamente esperado por toda mística que o envolvia. Obviamente que a legião de fãs que os seguem já estavam ligados em alguns possíveis detalhes do novo album e até mesmo em um mp3 (United States of Eurasia), liberada pelo Twitter da banda na grande rede. Acho que até isto foi pensado pelos integrantes. A referida música, é talvez uma das que mais procure no Bohemyan Raphsody do Queen suas influências. O resto do álbum é surpreendente.
Este quinto disco é diferente dos outros trabalhos. A expectativa sobre o mesmo surgiu porque Mathew Bellamy, multi-instrumentista e vocalista da banda, havia dito numa entrevista que teriam músicas no disco que poderiam tocar nos programas de música clássica da BBC de Londres. Muito pretencioso? O pior que não! O MUSE utilizou neste disco muito mais do que os vocais inspiradores do Queen (o que de fato é uma grande influência). Todo estudo de Bellamy em sua infância-adolescência de piano clássico também entrou no disco (Vide o talento na interpretação do "Nocturne In E Flat Major, Op.9, nº2", de Chopin, finalizando US of Eurasia), sem falar do encerramento matador do album com a "Exogenesis Symphony" divididas em 3 atos como é bastante peculiar nos grandes concertos e sinfonias eruditas. E acompanhada de fato por uma orquestra de 40 músicos mais baixo, bateria, guitarra e piano.
Não termina por aí. Acho que o modernismo do MUSE é o que vai reger o rock n´roll mundial daqui há alguns anos. Até porque as influências não param ainda no The Resitance. O disco é recheado de toques eletrônicos de qualidade, sintetizadores oitentitas similares a grandes nomes como Depeche Mode, Information Society e Erasure (dentre outros). Aqueles que levam você a querer dançar e quando menos esperamos somos surpreendidos por um trovão explodindo na guitarra de Bellamy, com as influências de Tom Morello (RATM) e os refrões maravilhosos e melancólicos peculiares ao mesmo.
Depois de muitos anos esperando, acho que o MUSE é que vai chegando no patamar de grande banda, principalmente em qualidade, inovação e sem sombra de dúvidas, porque é a performance mais elogiada por críticos de música e público desde 2007, com o histórico DVD - HAARP, gravado no novo estádio de Wembley e além de tudo, sendo o primeiro show a esgotar todos os ingressos da nova fase do Estádio.
Não acho que o passado seja um mal caminho, ao contrário, talvez seja o melhor. Mas é comprovado que você precisa se desenvolver para poder inovar e não apenas tentar fazer igual ao que já está feito. O MUSE com seus 3 excelentes músicos, vai caminhando numa estrada bastante segura aos meus olhos para entrar para a história da música. Eles sugam o que é bom lá de trás e utilizam todo o embasamento adquirido nas aulas e nas práticas, para criar coisas novas adequando ao mundo moderno. E as mudanças constantes de um trabalho para o outro provam todo o talento e competência dos caras. De fato um trabalho maravilhoso e uma banda muito respeitável. Todos os méritos e salves para Matthew Bellamy (voz, guitarra e piano), Christopher Wolstenholme (baixo) e Dominic Howard (bateria e percussão).

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