domingo, 19 de junho de 2011

A inspiração do silêncio - Gilberto da Costa Carvalho Valle

Há tempos não escuto o silêncio...Sou um amante dele. Experimento no dia de hoje, passar o domingo só em casa. Apenas ouvindo a respiração do meu cachorro que está deitado aos meus pés. Fiel Dodi.
O silêncio me inspira muito, é fato. Escolhi as fotos que quero colocar na parede do meu quarto. Isto mesmo...Com 32 anos, tudo indica que terei um quarto só pra mim. São heróis pessoais...músicos...pessoas que inspiram, ou fizeram parte de minha vida sempre.

E assim o domingo vai passando.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Eu sou contra - Gilberto da Costa Carvalho



Mais um assunto polêmico toma conta das páginas gerais. Esta história do estacionamento gratuito em Shoppings da cidade. Particularmente eu sou contra. E direi alguns porques:

1 - Toda desculpa de que tudo de errado é culpa de pobre, foi por água abaixo. Haviam 3 Santa Fé da Hyundai, carro com valor acima de R$100.000,00 em cima da grama no Shopping Recife neste final de semana. Liso vai de ônibus.

2 - O que justifica as 07:00 da manhã não haver mais vagas nos estacionamentos dos Shoppings? Moradores e aproveitadores que foram curtir no Chevrolet Hall, aquela festa infernal e de péssima música parando seus carrinhos.

3 - Na verdade, cada vez que leio e vejo essas coisas in loco, eu só lembro de um arquivo em Ppt, que "afirmam" ser de autoria do grande João Ubaldo Ribeiro, que diz - "O defeito está na mão de obra, no próprio brasileiro que é muito metido a esperto, que acha bonito enriquecer ilicitamente da noite para o dia, acha lindo roubar energia do vizinho e etc..."

4 - Acho justo que se cobre uma taxa menor nos Shoppings, tipo R$2,00, para as pessoas que não consumiram nada. E para os que consumiram acima de R$50,00 o estacionamento ser gratuito.

"O Brasil brasileiro, mulato e IN - ZONEIRO (mesmo)", ainda está LOOOOOOOOOOOOOONGE de poder permitir estas liberações.

Por estas e outras, sou terminantemente contra.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

The last time I saw Richard - Joni Mitchell

Para meu amigo Décio, em homenagem ao seu aniversário. A tradução de The Last Time I Saw Richard da fabulosa Joni Mitchell.

A última vez em que vi Richard foi em Detroit, em 68
E ele me disse que todos os românticos encontram o mesmo destino
Algum dia, cínicos e bêbados, chateando alguém
Em algum café escuro
Você ri, ele disse, você acha que está imune
Veja teus olhos
Estão cheios de lua
Você gosta de rosas, beijos e homens atraentes te dizendo
Todas aquelas lindas mentiras, lindas mentiras
Quando você vai perceber que são apenas lindas mentiras
Apenas lindas mentiras, lindas mentiras

Ele colocou uma moeda na Wurlitzer, e apertou
Três botões e o negócio começou a zunir
Uma garçonete veio com meias-arrastão e uma gravata-borboleta
Dizendo "Beba logo, está chegando a hora de fechar."
"Richard, você não mudou realmente", eu disse
"É só que agora você romantiza alguma dor que existe na sua cabeça
Você tem túmulos nos olhos, mas as canções
Que você toca estão sonhando
Ouça, elas cantam sobre o amor tão docemente
Quando você vai se reerguer?
Oh e o amor pode ser tão doce, amor tão doce

Richard se casou com uma patinadora artística
E comprou-lhe uma lavadora de louças e uma cafeteira
E ele bebe em casa agora, na maioria das noites, com a TV ligada
E todas as luzes da casa brilhando
Eu vou apagar esta maldita vela
Não quero ninguém vindo à minha mesa
Eu não tenho nada pra conversar com ninguém
Todos os bons sonhadores atravessam este caminho algum dia
Escondendo-se atrás de garrafas em cafés escuros
Cafés escuros
Apenas um escuro casulo
Antes que eu consiga minhas lindas asas
E voe para longe
Apenas uma fase, estes dias de cafés escuros

sábado, 4 de junho de 2011

Paul é VIDA! - Gilberto da Costa Carvalho


"O show de Paul McCartney está longe de ser apenas um show. É uma experiência de vida!"

Com uma frase que não é minha, eu começo o texto mais difícil de escrever nos últimos tempos deste blog. Até o momento eu procuro palavras para tentar representar o que eu vivi há 15 dias no Rio de Janeiro.
Todos nós temos nossas expectativas internas, isto é fato. Comigo não é diferente. A começar que não estava acreditando que iria ver Paul, a agonia de que iria chorar o show inteiro e etc...
Não foi assim, até certo ponto. A sensação do início do espetáculo foi totalmente contrária ao que até eu mesmo esperava. Fiquei paralisado por 4 músicas. Fernando que estava há alguns metros de mim, disse que me olhava e não acreditava naquilo. Na verdade, só eu posso tentar explicar alguma coisa. Posso afirmar que foi como se fosse uma viagem por toda minha trajetória de vida e de algumas centenas de discos ouvidos e ré-ouvidos.

Abertura do show - Hello Goodbye - http://www.youtube.com/watch?v=9aFOzN8-2J4

Coisas que já tinham seu local garantido no coração e na memória voltaram à tona com tudo. Uma das coisas que posso citar, foi a lembrança das idas pro colégio no Chevette da minha tia Vanúzia ouvindo uma fita cassete gravada por meu pai, só com sucessos dos Beatles. Instantaneamente veio a lembrança do meu pai, que certamente onde estiver deve ter ficado muito feliz.

E o que falar de Sir Paul McCartney? Um cara com 70 anos, multi-instrumentista, um ...O CARA!

Tem certas coisas que também passam na nossa cabeça, é inevitável. Eu estou no meio de 45.000 pessoas, vendo um cara tentando agradar, tentando falar português, sendo gentil, interagindo com o público, sorrindo para o público, se emocionando com o público, e esse cara é "SOMENTE" um Beatle. E por outro lado, a gente acostumado a ver cada "artista cocô de lôro" se achando...
Depois desse show o meu medidor de "compaixão" desse povo aumentou, e muito.

Para Angelo Mongiovi e Julierme Oliveira (Revolver Forever) - Eleanor Rigby - http://www.youtube.com/watch?v=I3wc_Lp1Rlg

Para Bruno Vitorino - Blackbird (Fernando pode explicar o que ocorreu comigo melhor do que eu mesmo nessa hora) - http://www.youtube.com/watch?v=NQ86l6tb5oU&feature=related

E, Régis Tadeu tem toda razão quando afirma: "Não adianta, você pode tentar se segurar, ser durão, machão e etc...Quando ele toca Hey Jude, até as pedras choram".

HEY JUDE - http://www.youtube.com/watch?v=8RknfaJT-DE&feature=related

E para todas pessoas que de certa forma fizeram e fazem parte da minha vida deixo a razão das minhas lágrimas sem controle no show. Uma das mais belas homenagens a um amigo - HERE TODAY - http://www.youtube.com/watch?v=74U0HPlHRVA

E eu, humildemente digo - "OBRIGADO PAUL!"

"And in the end, the love you takes is equal to the love you makes"

Observação - Grande parte do show está no youtube em HD. Assistam!

domingo, 6 de março de 2011

O carnaval de Garanhuns - Gilberto Valle


Em 2011, resolvi me aposentar do carnaval de Olinda depois de 14 anos no sobe e desce ladeira. A convite do meu amigo Dom Angelo, peguei estrada com rumo certo, Garanhuns. Durante os dias da folia de momo, acontece por lá o "Garanhuns Jazz Festival". De fato uma programação bastante diferenciada para pessoas que gostam de carnaval.
A noite iniciou com um grupo afro, certamente uma concessão dos organizadores e patrocinadores, porque não tinha nada de jazz no grupo formado por adolescentes e crianças. Muito longe disso, inclusive...
Por volta das 9 da noite sobe ao palco a Dom Angelo Jazz Combo, banda capitaneada pelo meu amigo e talentoso músico Angelo Mongiovi. O grupo traz no seu repertório clássicos do jazz mundial. Irei conceder uma atenção especial para este show. Ontem, o grande cantor Arthur Philipi acompanhou a Dom Angelo Jazz Combo, dando talvez uma pitada naquilo que falte. Voz! (Será?)
Remar contra a corrente, principalmente neste ramo musical, é para pessoas de extrema coragem e diferenciadas. Até porque não temos no nosso Estado a cultura necessária para valorizar grupos que trabalhem apenas com instrumentos. (Observação - "Se tiver uma alfaia, é sucesso absoluto")
Para completar também tivemos a presença do saxofonista americano, radicado em Maceió, Atiba Taylor, que demonstrou extrema tranquilidade e entrosamento com os membros da banda. Uma coisa me deixou muito feliz em relação ao show da Dom Angelo Jazz Combo. No momento em que o convidado Atiba Taylor, assumiu os vocais para entoar dois clássicos do grande Ray Charles - "Unchain my heart" e logo depois a matadora "Georgia, on my mind". Pasmem! Delírio num show de jazz em pleno interior do Estado de Pernambuco. Pessoas cantando e dançando junto com a banda. Certamente a apresentação foi o ponto alto da noite. Até porque todos sabemos que existem pessoas que dizem "fazer jazz e blues", mas na verdade não tocam e não fazem nada. O sentimento do jazz e a qualidade como instrumentistas e músicos sobra nos intregrantes da Dom Angelo Jazz Combo.
Logo após, entrou em cena o Quinteto Violado. Banda que persiste lutando em busca de mostrar algo de qualidade. Os senhores empolgam com clássicos conhecidos, mas não enxergo mais em frente para o grupo, não em termos musicais, obviamente, mas em novidades sonoras. Merecem todo respeito pelos anos de estrada, isto é fato!
Enfim, chegou o final da noite. A Uptown Band, antiga conhecida, sobe ao palco para encerrar a noite com o guitarrista do Sepultura Andreas Kisser, como convidado especial. O que posso dizer é que a altura reinou em todos os sentidos. Gina Solo de frente cantando blues com sua voz de extrema potência, acompanhada de outra vocalista, dos músicos da banda e do Produtor do Evento, Giovanni Papaléo na bateria. Eis que sobe ao palco Andreas Kisser portando uma belíssima Fender Buddy Guy, preta com bolinhas brancas. O resultado da prática é que não me agradou. Meu respeito por Andreas Kisser é imenso! Sou fã do Sepultura confesso, de ter todos os discos e acompanhar todos os shows até hoje. Mas levando em conta o que presenciei ontem afirmo: "Um grande guitarrista de rock n´roll". Blues com "overdrive" e "auás" excessivos não combina. (Onde fica a limpidez?) Terminei saindo antes da metade do show pela incômoda altura e pela bagunça excessiva que tomou conta do palco. Jazz e Blues foi o que menos se viu. Digamos foi um show de rock n´roll de um excelente guitarrista de rock n´roll, sem os membros do Sepultura.

No entanto, vale se ressaltar o esforço dos organizadores em agradar. Estrutura boa, organizada dentro do possível para um evento gratuito e na interação com o público. Vale a pena conferir. Além do fato de ter cadeiras suficientes para que todos assistissem as apresentações com o mínimo de conforto.

Ainda assim, mesmo sem muitas novidades. Vida longa ao Festival de Jazz de Garanhuns.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Este jogo não é 1 x 1 - Gilberto Valle


Começo de jogo...3 minutos. Gol do Santa Cruz. Thiago Cunha escora de cabeça cruzamento do lateral direito tricolor Jackson, balançando as redes alvi-rubras.
Desespero? Para mim não. Fiquei apenas receoso por saber da baixa qualidade técnica de Jeff Silva e notar que existia uma certa confusão entre Derley e Elicarlos, logo depois corrigida por Bob Fernandes.
Daí pra frente o Náutico foi soberano em todo o jogo. Pressão total em busca do resultado, acuando o Santa Cruz no seu próprio campo. Eduardo Ramos parece que veio para mostrar o futebol inicial demonstrado no outro rival do ano passado. Derley e Elicarlos os constantes de sempre. William, mesmo sem ritmo, mostra qualidade com sua canhota. E Ricardo Xavier, pode não ser craque, mas é bastante eficiente e oportunista. Além disto, faz muito bem a função de pivô.
Jogo empatado aos 14 minutos ainda do primeiro tempo com um gol do centro-avante, completando de cabeça um desvio do nosso zagueiro Válter.
Mais pressão! O goleiro do Santa Cruz tem muita qualidade, é fato. Ele salvou em pelo menos duas oportunidades o time tricolor de ter sua meta novamente vazada no primeiro tempo. Fora as outras oportunidades do time de Rosa e Silva.
Segundo tempo inicia com o time tricolor menos assustado e mais arrumado pelo competente Zé Teodoro. O Náutico buscando a pressão do primeiro tempo, mas esbarrando na competente defesa tricolor. Aos 22 minutos da segunda etapa, o lance mais polêmico do jogo.
Bola cruzada na área e sobra limpa para o capitão tricolor Thiago Matias. Antes do mesmo chutar a bola, o centro-avante alvi-rubro Ricardo Xavier, que ajudava na marcação, tenta cortar a bola e é atingido pelo chute do zagueiro tricolor, que cai logo em seguida. Honestamente, POSSO ESTAR ERRADO, mas desconheço a regra em que o jogador chuta o rival, cai e se dê penalty. Um dos caras que mais entende de futebol que conheço estava assistindo do meu lado e afirmou: "Não foi penalty!"

Detalhe - é rubro-negro.

Mas, voltando a falar em polêmicas...pergunto:

1 - Por que não se fala da bola que o capitão tricolor, ainda no primeiro tempo, desvia dentro da área utilizando o braço esquerdo? (Isto pra mim é regra clara. E deveria ter sido marcado o penalty a favor do Náutico).

2 - Por que a Globo mostrou tão pouco um lance no início do segundo tempo em que depois de cruzamento da esquerda o centro-avante alvi-rubro PODE TER SIDO puxado dentro da área? (Na regra, POSSIVELMENTE, penalty de novo, embora duvidoso).

O final, todos sabemos, o MONSTRO chamado Derley fazendo um gol de craque e Bruno Meneguel finalmente cobrando penalty como se deve cobrar.

Luiz Cavaltanti que está certo quando afirma - "Todo clássico é polêmico."

Este não fugiu a regra.

Saudações Alvi-rubras ao Santa - Ex-100%.

Torcida alvi-rubra, parabéns pelo apoio e pela festa. Torcedor - SE ASSOCIE!