sábado, 29 de maio de 2010

Let the dominoes fall - Gilberto Valle

“Let the dominoes fall”, mostra que a banda tem um estilo próprio

Em meados de junho de 2009, minhas esperanças voltaram. Sim, é verdade! Já andava meio de saco cheio há muito tempo com os lançamentos musicais, principalmente ligados a rock n´roll e seus derivados. Eis que cai em minhas mãos uma jóia chamada “Let the dominoes fall”, o sétimo disco da carreira dos californianos do Rancid.

Confesso que é difícil escrever um texto quando você é fã da banda. Mas tenho que fazer isto porque o disco e a banda merecem. O que mais me surpreende no Rancid é a capacidade de se ré-inventar a cada disco. Este é o trabalho mais mesclado deles, digamos que é uma mistura de todos os álbuns anteriores. Temos punk tradicional, rocksteady, ska, dub raggas e assim eles vão caminhando muito bem dentro do cenário de música mundial.

Definitivamente não é fácil ganhar o respeito da crítica e público, principalmente tocando punk rock, mas o Rancid já carrega uma legião de fãs que cresce a cada disco lançado, além de diversos elogios por parte da imprensa.

Voltando a falar do álbum, temos outra surpresa maravilhosa, que foi a inclusão de duas músicas totalmente acústicas, na minha concepção seriam classificadas como “punk-folk” (Civilian Ways e The Highway). Prova da tal ré-invenção que a banda sempre promove. O mais interessante é que a receita é a mesma, mas eles não são repetitivos e isso é vital para qualquer banda. Dentro do disco também temos uma canção de superação. Esta se chama New Orleans, terra totalmente devastada pelo Furacão Katrina, que possui “a força de um milhão de leões” e “uma cicatriz em seu rosto de veludo”.

“Let the dominoes fall”, mostra que a banda tem um estilo próprio e justamente por isto seus discos ganham corpo e formas fantásticas! Com isto na cabeça e sem historinha de “evolução musical”, convoco à todos para ouvir o disco. Lembrem-se que não é qualquer banda. É o Rancid! A maior banda de punk-rock do mundo dos anos 90, até hoje. Valeu demais esperar seis anos por este disco!



Por Gilberto Valle - Crítico em Música da Revista Click Rec - em 24/05/2010

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