quarta-feira, 7 de março de 2007

Eu sonhei que era Belchior

Um rapaz latino americano...sem dinheiro no bolso...
Que está cansado do peso da sua cabeça...
Que era alegre como um bicho...um bando de pardais...
Quando havia galos, noites e quintais...
Que no escritório, trabalhava...ficava rico...
Mas quanto mais multiplicava...perdia seu amor...
Como é perversa a juventude do coração...
Que estava mais angustiado, que um goleiro na hora do gol...
Gozando no seu céu e no seu inferno...
Com saudade do verde marinho...
Mas ainda sou tão moço...pra tanta tristeza...
Deixemos de coisa, cuidemos da vida...
A gente se olha, se toca e se cala...
E se desentende no instante em que fala...
Medo...Medo...Medo!!!
Só que não estou interessado em nenhuma teoria...fantasia, algo mais...
Para acompanhar bocejos, sonhos matinais, quiçá romances astrais...
Amar e mudas as coisas me interessa mais...
E a solidão das pessoas nessas capitais?
Play at cool, baby!
Longe o profeta do terror...
A Laranja Mecânica anuncia...
Ah, minha rede branca, meu cachorro ligeiro...
Nessas ilhas cheias de distância...
Sentado à beira do caminho...
O fim do termo saudade...
Minha fala nordestina...
O amor e o humor das praças...cheias de pessoas, tudo outra vez...
Viver a divina comédia humana...
Onde nada é eterno...
Só que eu canto...enquanto houver espaço, tempo e modo de dizer "não"
Eu canto...
Vamos andar! Pelas ruas de São Paulo...
No tempo em que você sonhava...
Eu me desesperava, a ouvir tangos argentinos...
Descontentes...desesperadamente...
Sonho, sangue, América do Sul...você sabe e eu também eu sei...
Torto, feito faca, cortando a carne de vocês...
Medo anda por dentro do teu coração...
Dar pro sertão da minha solidão...
Eu tenho medo, ainda está por vir...
Morre meu medo...
O passado é uma roupa que não nos serve mais...
Não serve mais...
Precisamos todos rejuvenescer...
Saia do meu caminho...eu prefiro andar sozinho...
Deixem que eu decido minha vida.




Homenagem ao mestre Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, o mestre!

3 comentários:

Uomo di Fortuna disse...

Porra Gibão, muito bom!

Impressionante, excelente...

Abraço.

Unknown disse...

do caraaaaaaaaaalho.hehehehe
adorei.
excelentemente excelente.
=**

Anônimo disse...

Rapaz, pense num resumo da obra! Fiquei aqui com ciúme. Afinal de contas, somente eu sou o verdadeiro e legítimo fã de Belchior! rsrssrs



Muito bom!


Giba Motta!