sexta-feira, 9 de maio de 2008

A tal música cabeça - Gilberto Valle


Pois bem. Estava eu, vendo um vídeo dos inúmeros do Youtube, com Tom Zé, falando sobre Rita Lee, naqueles tempos de mil novecentos sessenta e tantos...
O vídeo em si, é bastante interessante, entretanto, me remete a algumas coisas que não pensava. O fato de Rita Lee, como compositora. De uns tempos pra cá, a imagem dela na minha cabeça (ainda é), é de uma figura altamente chata, feminista exacerbada e no mínimo sem classe.
Mas, pensando como Tom Zé, ela deve ter seu valor como compositora sim, e eu nunca tinha parado de fato, pra analisar a possibilidade. Desde a época dos Mutantes, só se falava em Sérgio e Arnaldo. E Rita? Talvez aquela voz suave e muito boa diga-se de passagem não fosse suficiente pra vencer a sociedade machista da época. Ela deve ter muito ali no meio e por isso também deveria ter seu merecido valor.
Mas, o que ainda me chamou mais atenção no vídeo, foi ouvir Tom Zé falar. Ele parece um cara boa gente, de fato, é inteligentíssimo. Mas, eu penso que pra bater um papo. No meu gosto e conceito de música, essas pessoas que gostam das tais "músicas inteligentes demais", são um saco. Tom Zé não tem culpa não. Ele é bom letrista, tem idéias muito boas pra passar em textos e exprimir, mas musicalmente falando acho fraco. Lembro-me que a única música que de fato gostei dele, falava de bananas, algo bem mais simples daquelas complexidades que os "pseudos" ouvem e dizem: "Pô cara. Genial!Isso sim é a música cabeça". Eu diria: "uma merda". Não me venham dizer, porque o cara coloca um jornal no meio da música, uma broca de furar parede é gênio e que isso é "música cabeça".
Continuo preferindo um samba regado a cerveja, whisky e um bom limão de Aldir Blanc, uma das mulheres de Chico, ou até mesmo, a poesia de do saudoso Vininha. Música é poesia, musicalidade, harmonia, e alma.
Com todo respeito Tom Zé. Ah, gostaria de conversar com você.

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